quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

As coisas começam a acontecer!

Vi um show de Bethânia e Caetano no Palácio das Artes. Não preciso dizer que sou apaixonado, principalmente pela Berré. Não só eu não; eu, a Eliane, a Selma, o nosso saudoso Eliézer, e o amigo dele, o Ronaldo Auad. Eu não sei se eles são mais tietes do que eu, mas eu fiquei um tempo sem ouvir Bethânia. Desde o "Mel", que o Zé Henrique - meu amigo de colégio e que era também apaixonado por ela - resolveu que nós deviamos chamar aquele disco é de "merda".

Sim, com todo respeito pela musa bahiana, mas aquele disco foi um marco. Quem gravou "Recital na Boite Barroco"(o meu tio comprou um gravador daqueles que o Juruna usava, e junto vieram umas fitas, e entre elas uma gravação desse LP. Era lindo), "Cena Muda" e "Rosa dos Ventos"(o ladrão que roubou o meu som, levou o disco junto o filho da mãe) não poderia ter gravado aquele disco.

Mas, não tem nada a ver. Depois a "maricotinha", minha doce amada filha de dona Canô, gravou uma música do Leandro e Leonardo, que as louras chamam de "eu não vou negar que sou louco por você" e o Ronaldo Auad me confessou outro dia num e-mail, que achou o maior barato. Eu confesso que gosto muito da Berré, mas, gosto mais de meus ouvidos; mas não falei nada pro Ronaldo não, afinal ele é um grande artista plástico, era irmão do meu irmão, filho da dona Léa, uma das minhas grandes paixões pedagógicas, junto com a Hélia, a Lurdinha e a Dra. Neuza; deixa prá lá(quem sabe um dia o rapaz não vai me dar o prazer de ilustrar um livro meu ou quem sabe me fazer uma capa! - jogada de mestre essa, hein?)

Mas, no show, o mano Caetano dizia algo assim: "é importante como as coisas acontecem quando elas precisam e tem que acontecer". Guardei essa frase comigo muito tempo. Confesso que a havia esquecido.

Pois, com aquela paciência que a natureza me deu, fiquei chocando aquele monturo de textos, primeiro escritos a lápis, depois datilografados numa Olivetti mecânica, que mais parecia uma aranha de pernas pra cima, e depois eu ia pra Raposos, e levava aquilo pra datilografar numa máquina elétrica que o Cote comprou e que tinha um tipo bonito! Mais eu queria mesmo era ficar tentando o Geraldo Reis, pra ver ele falar que meus textos eram bons (quando ele morreu eles fizeram uma biblioteca com o nome dele e me convidaram para a inauguração e eu fui, depois um pastor virou presidente da Câmara e achou que biblioteca era bobagem e acabou com ela), ele e a Elaine(grande poeta). Veio o computador e tive a trabalheira de passar aquilo tudo pro "disco rígido" gravar em disquetes, com medo de perder tudo. Ah, e a coragem que me faltava pra publicar aquilo!

Mas as coisas acontecem mesmo. Ainda não recebi críticas em relação ao livro "FALA, FILHO DA MÃE!!!", a não ser uma implicância do João Natal, que acha que o nome certo deveria ser "FALE, FILHO DA MÃE!" com uma exclamação só. Intransigência trotkista, sei lá, ou preciosismo mesmo, ele é cismado que sabe tudo.

Ganhei um poema de Dra. Cleuza uma advogada amiga lá de Juiz de Fora e que está publicado nesse endereço:
entusiasmado, comecei a escrever de novo e já tem texto meu espalhado pra todo lado, com os devidos créditos, o que é mais importante. Uma ex aluna me encontrou e virou fã de carteirinha. Colocou uma poesia minha no seu perfil de orkut e eu fiquei muito satisfeito com o gesto dela.

Hermínio Prates, meu assessor de imprensa quando fui presidente da Câmara de Vereadores de Sabará, leu e disse que sentiu cheiro alfazemas e ouviu sons de violino. O Camilinho da Jararaca Alegre, me colocou como colaborador da revista e me mandou e-mail dizendo que uma das boas coisas que aconteceu em 2007 foi ter me conhecido. E eu, nessa leva fiquei conhecendo o Max Portes, tremendo escritor de Caratinga.

E eu fico achando que tô é chique mesmo. Chegaram a dizer, na minha cidade, que eu sou o mais inteligente de lá, vixe, deixa os inteligentes e os profetas ouvirem isso!

Mas, há algo que não mente. Os sentimentos expressos nas palavras e no tratamento que as pessoas passam a dispensar, é prova inconteste de que isso haveria mesmo que acontecer. No Orkut, recebi esse recado de Zaine, lá de Carangola:
"Boa tarde.
Ao receber e ler o seu livro pude perceber sua sensibilidade e emoção que demonstra na escolha das palavras e texto. Espero que a mídia compreenda o trabalho e o divulgue para um público ainda maior. Não preciso te desejar sucesso, nem muito menos talento pois eles estão em ti.
Parabéns e continues a ser esta pessoa maravilhosa que és.
Abraços."

Em Entre Folhas, lá no Pé-da-Serra, um cantinho onde o vento enconsta - lá escrevi o poema, Cata Café, sai no próximo livro - brotaram mentes de moças inteligentes. Não direi o nome delas, pra que elas continuem pensando que eu não sei os seus nomes. São de uma graciosidade a toda prova. De uma inteligência desmedida. Não só as moçoilas que lá vivem, os moços também, só que esses conhecem bem é de moda de viola, e de bola também.
A atenção delas, a manifestação de carinho, o interesse pelo meu trabalho, numa demonstração clara de que leram de verdade o "FALA, FILHO DA MÃE!!!", foi talvez uma das maiores demonstrações de que Caetano estava certo. Algo realmente JÁ ESTÁ ACONTECENDO! Dentro em breve, estarei mesmo me achando poeta e escritor. Chegou a me comparar com um poeta de renome ai, sei o nome dele não. Mas deve ser bom o cara.

Ah, mais eu queria tanto que a Bethânia lesse o meu livro! Eu até ia perdoá-la por ter gravado aquele disco e aquela música que o Ronaldo Auad achou que ficou legal na voz dela. Mas mesmo assim, no dia em que eu ganhar um tantão de dinheiro eu vou contratar a Bethânia para cantar na cabeceira de minha cama todas as noites, pra me fazer dormir. Já pensaram nisso algum dia?

Um comentário:

jipao disse...

Se vc um dia contratar a Bethânia para cantar na cabeceira de sua cama, prometo que a gata eu te dou de presente.