sábado, 19 de abril de 2008

Eu hoje

Confesso que se tem uma coisa que mais me dá preguiça, é de escrever. É interessante isso. Acho que a partir do momento em que a consciencia se toma de uma responsabilidade pela produção de textos, começam a surgir certas cobranças internas e aí a coisa pega. O grande problema está na introdução de um texto. Depois de começado, até que a coisa flui de forma natural, mas a escolha e agonizante. A música é algo que motiva. Inspira. Abre a percepção. Quando ouço Chico Buarque, nas suas "construções" dos bons tempos, Vinícius de Moraes, o próprio Roberto em algumas canções, dá uma vontade louca de sair produzindo poesias. Sempre gostei de uma boa música. Isso porque a música anda de braços com a poesia e com a produção literária. Essa abençoada internet, tem tido o condão de me mostrar coisas nesse campo que simplesmente encantam. Sempre gostei muito de uma canção interpretada pelo Raimundo Fagner(esse cara me faz lembrar de Nenzinha!), de autoria do Sivuca. Só agora, devo confessar, descobri que havia uma parceria dele com o Paulinho Tapajós nessa canção que é simplesmente linda. Estou descobrindo o Paulinho. É de uma sensibilidade e de uma beleza estonteante. Vai além de Andança, e Cantiga por Luciana que também são deles. Achei que tinha o dever de trazê-lo para esse espaço. Falo de "No tempo dos Quintais". Ouçam e se deleitem com a beleza dos versos do cara:

domingo, 13 de abril de 2008

TRIBUTO

A Bebeth minha irmã, é a melhor fotógrafa que eu conheci, depois do Tio Uzias. Eu digo depois do Tio Uzias, porque o Tio Uzias foi o melhor que eu conheci de todos. Ele, tinha que fotografar debaixo de um cobertor preto. Ela não. Ela começou já com uma yashica, daquelas bonitinhas, com tele objetiva, tripé, filtro de lente e o escambau. Não quero também menosprezar o trabalho dela, pois, se hoje ela está na era da digitalização, por outro lado, não teve que fotografar com aquelas Kodaks quadradas que tinham dois vidrinhos de aumento em duas faces. Uma pra fotografia ficar em pé, no papel, e a outra pra fotografia ficar deitada(ô maquininhazinha ordinária!). E ainda tinha uma alcinha sem vergonha, pra se carregar, que só cabia um dedo.

A Bebeth hoje, tem Photoshoping, que ajuda bastante. Também é preciso dizer que, se o photoshoping faz milagre, sem um artista na frente do computador, a arte não existe. O photoshoping do Tio Uzias, era um lápis com uma ponta comprida. Só pra fazer a ponta do lápis, ele demorava uma semana. Abria um corte com gillete(alguém se lembra do gillete?), fazia uma ponta comprida e depois ficava afinando aquilo numa lixa preta, que ele molhava de vez em quando. Depois de pronta a ponta, ele abria uma engenhoca de madeira, igual aquelas estantes de altar de igreja, enfiava o negativo(alguém sabe o que é isso?) e, através de uma abertura redonda, confeccionada num papelão, sob a luz do sol, fazia os retoques necessários na fotografia. Ali, ele tirava rugas, corrigia manchas, e dava um toque de mestre na foto. As fotos do Tio Uzias, andam espalhadas pelo mundo afora. Vez em quando deparo com uma daquelas pessoas mais antigas que eu, que guardam uma foto de casamento, ou uma cópia de fotografia do Padre Lanzillote, pendurada numa parede de General Carneiro, Ipatinga, São Cândido, Pouso Alto, e por ai afora.
Mas, a Bebeth, já anda rodando mundo também. Ah, esse depoimento é pra dizer que ela também é apaixonada pela Berré. Ela ficou com ciúmes porque eu não falei dela no último depoimento. Então vai esse tributo e uma homenagem com a "deusa" da MPB desfiando uma canção belíssima:

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Achei interessante

E como eu disse, quem visitou ou tem visitado minha página no Recanto das Letras, percebeu o quanto as pessoas leem mensagens, principalmente de aniversário. Acho que devem ir a procura de algum tipo de modelo ou coisa assim. Tem uns textos interessantes, mas tem cada uma porcaria! No testezinho que fiz, o meu texto de aniversário já ultrapassou as 600 visitas, deixando o texto "Fala, filho da mãe!!!", longe, bem longe.

Mas, visitando umas comunidades por ai, achei uma que fala de nomes estranhos. Dentre muitas aberrações, achei esse legal, então resolvi disponibilizá-lo aqui nesse espaço. Vejam se não dá pra rir:

"O nome do meu fessor de geografia. Acreditem! o kra se chama JENAREJO, eh JEsus de NAzare REina c/ os JUdeus(no finalzinho ocorreu um erro de grafia). No dia em que ele se apresento a sala simplesmente riu e parece que ele não gosto muito não e toda hora a sala faz "trocas" c/ o nome: percevejo, caranguejo, azulejo, xeraqueijo, gargarejo e por aí vai...Outros foram Anery(minha fessora de biologia) e (acreditem!)Urinete!"

Legal, né!

sábado, 26 de janeiro de 2008

ANIVERSÁRIO

No Recanto das Letras, pude perceber que os textos que mais fazem sucesso, são os que se referem a aniversário. Parece que tem autores que, preocupados com o acesso a esse tipo de texto, se especializam em escrever textos sobre aniversário. Teve um lá, que, ao que me parece, ficou tão entusiasmado, que criou uma antologia só de textos de aniversário. Assim pudemos observar sua criatividade. Resolveu, para cada nome feminino, escrever uma mensagem de aniversário e ficou mais ou menos assim
Feliz aniversário Maria
"Hoje é o seu aniversário Maria,
Parabéns"
Feliz aniversário Marta
"Hoje é o seu aniversário Marta,
Parabéns"
Feliz aniversário Alice
"Hoje é seu aniversário Alice,
Parabéns"
etc., etc., etc.,
O treco foi lido por assim, 2457 pessoas... ufa!!!
Resolvi escrever também:
entra lá e verifique, quem sabe eu não bata o recod de leituras!!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Condecoração

É comum nos pequenos burgos(cidades), as pessoas serem homenageadas.
Tá escrito na Biblia que "o profeta não é profeta na sua terra". Já tive muitos dissabores, por querer ser profeta na minha terra. Hoje, acho que posso dizer que estou redimido.
Atrevidamente, gostei sempre de verificar as coisas pelo seu lado oposto. Isso me leva a ter visão crítica, principalmente na política, que não vejo com os olhos dos comuns. Consequentemente, em todos os lugares por onde passo, minha marca é sempre impressa sob essa ótica. Lugar da gente é coisa sagrada; afinal a gente não escolhe onde nascer. Mas existem alguns lugares que costumam escolher a gente. Diversas são pois, essas maneiras de escolha. Pela atuação profissional, pelo retorno que você tras para o lugar, ou até mesmo, em função de uma coisa odiosa, no meu ponto de vista, que é o puxa saquismo.
Moro em Sabará por muitos anos. Mais de trinta. Aqui fui agente político com atuação efetiva, exerci mandato, tive glórias de lider e tudo o mais. Força dizer porém que esse meu modo de sempre fazer análise e querer ver as coisas fluindo com seriedade, começaram a me trazer contratempos também. São contratempos que me glorificam no entanto, pois, do outro lado, recebo o reconhecimento de uma boa parecela da sociedade com quem convivo maravilhosamente. No âmbito profissional então, tenho andado em estado de graça nos últimos tres, cinco anos.
Uma das formas que os Burgos(cidades) encontram para homenagear as pessoas, é a concessão da cidadania. Meu primo confessou pra mim que tem essa comenda da cidade onde mora, bastando apenas ser amigo dos mandões de lá. Eu não. Se depender de puxa saquismo, jamais receberei comenda alguma, recusarei inclusive. Mas na cidade onde vivo, aconteceu isso. Quase me condecoraram. Vejam como foi:


cidadão honorário


me deram um título:
cidadão honorário!
disseram que era homenagem.
título de cidadão honorário
não é pra muitos.
é pra quem faz coisas,
arranja verbas,
conversa com o governador,
almoça com o prefeito,
janta com o deputado,
toma chá nas sacristias,
anda de carro oficial,
faz comício,
fala discurso!
título de cidadão honorário
não é pra qualquer um não.
titulo de cidadão honorário
é pra autoridade.
e eu sou lá autoridade?
também não me entregaram!
ficou elas por elas.


22/01/08

sábado, 19 de janeiro de 2008

Relax Musical

Romantic Home - Lua Branca

Isso não é pra qualquer um não. Boa música! Ai, por onde andam as cabeças coroadas como a de Chiquinha Gonzada?!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Olha a Bicicleta ai!

Recebi do meu sobrinho Cláudio Monteiro, lá de Caratinga e deixo pra vocês apreciarem. A principio fiquei meio apreensivo pensando que pudesse ser um vírus, já que me veio pelo MSN. Ele me garantiu que não era, eu abri, ri e achei interessante.

É bom pra rir. Dá pra perceber que já não fazem mais bicicletas como antigamente. Vejam, mas vejam com o áudio aberto, pra você depois cantar a musiquinha o dia inteiro sem que ela lhe saia da cabeça.

O mais interessante é que depois de assistir uma porção de vezes, foi que percebi um outro detalhe. Quando o "bom samaritano" sai para socorrer o nosso artista, parece que ele deixa o carro no acostamento, sem acionar o freio de mão; prestem atenção!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

As coisas começam a acontecer!

Vi um show de Bethânia e Caetano no Palácio das Artes. Não preciso dizer que sou apaixonado, principalmente pela Berré. Não só eu não; eu, a Eliane, a Selma, o nosso saudoso Eliézer, e o amigo dele, o Ronaldo Auad. Eu não sei se eles são mais tietes do que eu, mas eu fiquei um tempo sem ouvir Bethânia. Desde o "Mel", que o Zé Henrique - meu amigo de colégio e que era também apaixonado por ela - resolveu que nós deviamos chamar aquele disco é de "merda".

Sim, com todo respeito pela musa bahiana, mas aquele disco foi um marco. Quem gravou "Recital na Boite Barroco"(o meu tio comprou um gravador daqueles que o Juruna usava, e junto vieram umas fitas, e entre elas uma gravação desse LP. Era lindo), "Cena Muda" e "Rosa dos Ventos"(o ladrão que roubou o meu som, levou o disco junto o filho da mãe) não poderia ter gravado aquele disco.

Mas, não tem nada a ver. Depois a "maricotinha", minha doce amada filha de dona Canô, gravou uma música do Leandro e Leonardo, que as louras chamam de "eu não vou negar que sou louco por você" e o Ronaldo Auad me confessou outro dia num e-mail, que achou o maior barato. Eu confesso que gosto muito da Berré, mas, gosto mais de meus ouvidos; mas não falei nada pro Ronaldo não, afinal ele é um grande artista plástico, era irmão do meu irmão, filho da dona Léa, uma das minhas grandes paixões pedagógicas, junto com a Hélia, a Lurdinha e a Dra. Neuza; deixa prá lá(quem sabe um dia o rapaz não vai me dar o prazer de ilustrar um livro meu ou quem sabe me fazer uma capa! - jogada de mestre essa, hein?)

Mas, no show, o mano Caetano dizia algo assim: "é importante como as coisas acontecem quando elas precisam e tem que acontecer". Guardei essa frase comigo muito tempo. Confesso que a havia esquecido.

Pois, com aquela paciência que a natureza me deu, fiquei chocando aquele monturo de textos, primeiro escritos a lápis, depois datilografados numa Olivetti mecânica, que mais parecia uma aranha de pernas pra cima, e depois eu ia pra Raposos, e levava aquilo pra datilografar numa máquina elétrica que o Cote comprou e que tinha um tipo bonito! Mais eu queria mesmo era ficar tentando o Geraldo Reis, pra ver ele falar que meus textos eram bons (quando ele morreu eles fizeram uma biblioteca com o nome dele e me convidaram para a inauguração e eu fui, depois um pastor virou presidente da Câmara e achou que biblioteca era bobagem e acabou com ela), ele e a Elaine(grande poeta). Veio o computador e tive a trabalheira de passar aquilo tudo pro "disco rígido" gravar em disquetes, com medo de perder tudo. Ah, e a coragem que me faltava pra publicar aquilo!

Mas as coisas acontecem mesmo. Ainda não recebi críticas em relação ao livro "FALA, FILHO DA MÃE!!!", a não ser uma implicância do João Natal, que acha que o nome certo deveria ser "FALE, FILHO DA MÃE!" com uma exclamação só. Intransigência trotkista, sei lá, ou preciosismo mesmo, ele é cismado que sabe tudo.

Ganhei um poema de Dra. Cleuza uma advogada amiga lá de Juiz de Fora e que está publicado nesse endereço:
entusiasmado, comecei a escrever de novo e já tem texto meu espalhado pra todo lado, com os devidos créditos, o que é mais importante. Uma ex aluna me encontrou e virou fã de carteirinha. Colocou uma poesia minha no seu perfil de orkut e eu fiquei muito satisfeito com o gesto dela.

Hermínio Prates, meu assessor de imprensa quando fui presidente da Câmara de Vereadores de Sabará, leu e disse que sentiu cheiro alfazemas e ouviu sons de violino. O Camilinho da Jararaca Alegre, me colocou como colaborador da revista e me mandou e-mail dizendo que uma das boas coisas que aconteceu em 2007 foi ter me conhecido. E eu, nessa leva fiquei conhecendo o Max Portes, tremendo escritor de Caratinga.

E eu fico achando que tô é chique mesmo. Chegaram a dizer, na minha cidade, que eu sou o mais inteligente de lá, vixe, deixa os inteligentes e os profetas ouvirem isso!

Mas, há algo que não mente. Os sentimentos expressos nas palavras e no tratamento que as pessoas passam a dispensar, é prova inconteste de que isso haveria mesmo que acontecer. No Orkut, recebi esse recado de Zaine, lá de Carangola:
"Boa tarde.
Ao receber e ler o seu livro pude perceber sua sensibilidade e emoção que demonstra na escolha das palavras e texto. Espero que a mídia compreenda o trabalho e o divulgue para um público ainda maior. Não preciso te desejar sucesso, nem muito menos talento pois eles estão em ti.
Parabéns e continues a ser esta pessoa maravilhosa que és.
Abraços."

Em Entre Folhas, lá no Pé-da-Serra, um cantinho onde o vento enconsta - lá escrevi o poema, Cata Café, sai no próximo livro - brotaram mentes de moças inteligentes. Não direi o nome delas, pra que elas continuem pensando que eu não sei os seus nomes. São de uma graciosidade a toda prova. De uma inteligência desmedida. Não só as moçoilas que lá vivem, os moços também, só que esses conhecem bem é de moda de viola, e de bola também.
A atenção delas, a manifestação de carinho, o interesse pelo meu trabalho, numa demonstração clara de que leram de verdade o "FALA, FILHO DA MÃE!!!", foi talvez uma das maiores demonstrações de que Caetano estava certo. Algo realmente JÁ ESTÁ ACONTECENDO! Dentro em breve, estarei mesmo me achando poeta e escritor. Chegou a me comparar com um poeta de renome ai, sei o nome dele não. Mas deve ser bom o cara.

Ah, mais eu queria tanto que a Bethânia lesse o meu livro! Eu até ia perdoá-la por ter gravado aquele disco e aquela música que o Ronaldo Auad achou que ficou legal na voz dela. Mas mesmo assim, no dia em que eu ganhar um tantão de dinheiro eu vou contratar a Bethânia para cantar na cabeceira de minha cama todas as noites, pra me fazer dormir. Já pensaram nisso algum dia?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Tão pensando o que?

Não estão achando também que eu vou ficar escrevendo todo dia aqui não, né?(...) isso é coisa difícil, e, por outro lado, eu tenho mais o que fazer.(Eu tenho que parar com essa mania de reticências)

Mas, fizeram um comentário (uma amiga minha, viu) sobre as fotos do meu album e disseram que de todas elas, a mais bonita foi a fotografia de uma casca de banana. Já pensaram? Você faz um livro, um esforço miserável, uma ginástica pra fazer o danado ficar pronto, me entregam uma porcaria danada. Eu supero e a minha amiga me diz que a foto mais bonita que ela viu, de todas, que se encontram no album do lançamento, foi a foto de uma casca de banana!

Eu sou igual aquele cara. Se me derem um limão, eu faço dele uma limonada. Sabem então o que eu fiz? Vejam ai:











casca de banana

pólipos amarelecidos,
pontas estelares
xistoso formato de xis,
bote armado de crotalus.
espreita de felino,
peçonha de visgo em camuflas.
espera de desavisados:
“foi numa casca de banana?”
ah como dói um tombo!
sem contar a bunda suja.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Voltando.



Ponha a cerveja pra gelar; é melhor se preparar pois,
ESTOU VOLTANDO!

Como disse, Natal passamos em família, com o nosso patriarca, o meu pai AHIAS MOREIRA DE OLIVEIRA, o mais sábio dos homens. Aos 81 anos, está uma fera no computador.

Ano Novo, fomos reduzidos a poucas pessoas, mas valeu. Entre Folhas está cada vez mais agradável. Muita mulher bonita e muita farra também. Acho que teremos novidades. Volto disposto a concluir a edição de meu livro, que ficou prejudicada em função da porcariada do editor. Esses dias foram fundamentais para que tomasse um pulso da aceitação da obra, que está me surpreendendo.

Os próximos eventos, são a BORRACHALIOTECA, o CÊ QUI SABE e depois, JUIZ DE FORA que me aguarde.

Estou voltando com vontade de fazer coisas. Pode parecer engraçado mas sinto saudades da morosidade da justiça, dos oficiais de justiça, do telefone tocando de madrugada... ainda bem que acabei de ler o CÓDIGO DA VIDA, do Saulo Ramos. Bela obra.