quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

"FALA, FILHO DA MÃE!!!"



"FALA, FILHO DA MÃE!!!" é o título de meu primeiro livro.

Minha incursão pela literatura, tem início bem cedo, quando, ainda cursando os primeiros anos escolares, aconteceu um despertar para a criação de versos rimados, no estilo cordel. Vivendo intensamente a politica coronelista do interior, os períodos eleitorais formavam o ambiente ideal para a criação de motes e xistes, ora realçando a qualidade de um candidato qualquer ou colocando em cheque, a do adversário.

Na fase estudantil, não tive participações destacadas nos diretórios acadêmicos, nos gremios, sim, pois estava sempre por trás de construir algo que se parecesse com um jornal ou um boletim qualquer, para divulgar qualquer coisa que fosse. Assim foi, na escola, no exército, onde deu vida a um jornalzinho mimeografado que contava de forma jocosa, o dia-a-dia do quartel, em plenos anos de chumbo.

Cheguei a me imaginar jornalista, e, incentivo não me faltou pra isso. Achei melho ser advogado. Talvez porque o advogado tem o poder de defender o jornalista.

Hoje, sou advogado porque gosto. Já me arrependi de ser um dia, hoje não. Gosto do que faço. Gosto do Tribunal do Juri, onde, modéstia à parte, fico a vontade; na verdade, eu gosto é de Tribuna. Talvez seja por isso que fui vereador. Fui presidente também, de camara, mas não era tão legal como ser vereador. A tribuna me fascinou sempre.

Escrevo poesias por desencargo de consciencia. A inspiração baixa de vez em quando e eu acho que não se pode menosprezar a inspiração. Primeiro porque a gente não sabe quando ela volta, ou se volta.

Assim saiu o meu primeiro livro. Fiz uma incursão pela poesia. Poesia livre, sem rima, sem compromisso com escola com estilo. Dela eu pulei para o texto em prosa, muito mais difícil que a poesia.

Minha conclusão hoje, é que escrever dói, assim como dói o juri, a audiência, o balcão de forum. Mas tudo na vida dói. Fila de ônibus, juro de banco, carão de chefe, chifre da namorada, tudo dói. Então, de dor em dor, vamos construindo nossa estrada. Um pedaço dessa minha estrada, começa a ser contada no livro "FALA, FILHO DA MÃE!!!"

2 comentários:

Anônimo disse...

Pode melhorar, né?

retratando disse...

Claro que pode melhorar, melhorar, ja preparando outro pra ser publicado, prque ficou un tanto causos pra traz aí que ainda dá umas quilometragens imensas de livro. Vc é fera.