sábado, 15 de dezembro de 2007

Orelhas

Como eu disse por ai, uma firula minha, levou-me a potencializar a necessidade de dar preferência a fazer uma edição doméstica de meu livro.

Como o responsável pelo serviço, não se desincumbiu de forma correta, criando um protótipo de obra meio desajeitada (eu tenho dito aos meus amigos que, no dia em que eu ficar famoso, esses exemplares - 238 apenas - se transformarão em unidades valorosas) mandei fazer uma outra edição onde corrijo alguns erros, inclusive aqueles de afronta à lingua.

Preparem-se. Guardem muito cuidadosamente o seu exemplar, pois.

Mas, para que tudo se complete, vai aí as orelhas que foram aparadas pelo discípulo indisciplinado:

"Quem abre um livro de Poesia e Prosa com a intenção de lê-lo, estabelece um diálogo sem som audível, mas presente no som que se sente. Assim são os diálogos da alma humana banhados pela arte. Não é a voz ordinária do noticiário, nem a voz educacional da profissão, ouve-se, fala-se, troca-se impressões e idéias e como resultado somos um novo Ser, mais sensível, mais humano e mais feliz.

Como você foi atraído, como muitos, para esta pequena “orelha”, te recomendo, mergulhe no grande ouvido, que exsurge da obra de Wagner M. Martins. Na grande boca, desse modo incomum de narrar os fatos. Um estilo que não pode ser explicado, mas sentido.

“Fala, filho da mãe!!!” trás a narrativa de uma conversa de esquina, de final de noite. Uma intromissão feliz, que nos acomete de um sentimento ora de infância, ora de ingenuidade, ora de amadurecimento. É conversa descomprometida, descompromissada.

A entrada de Wagner M. Martins no mundo das letras, não é nenhuma surpresa. De a muito seus rabiscos ressoam em círculos restritos, porém num meio qualitativo, sério. Já não era sem tempo de nos trazer a público a impressão de sua leitura do quotidiano inenarrável da cidade do interior, numa mescla com a modernidade e com a dinâmica da cidade grande. Seja bem vindo e boa conversa.

Pr. Alair Ribeiro"

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